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O que é ser espectador quando as imagens nos desafiam?1 1 Este artigo é uma versão amplamente modificada de texto apresentado no XXV Encontro Anual da Compós. Agradeço aos membros do GT "Comunicação e Experiência Estética" pela leitura generosa e crítica do trabalho e pelas valiosas sugestões de revisão.

What is being a spectator when images challenge us?

Resumo

Inspirado pelas formulações de expoentes da teoria estética contemporânea acerca de uma política da imagem, este artigo se propõe a apreender os lugares atribuídos ao espectador quando imerso na tessitura de afetações que caracterizam seu contato com cenas que detêm uma potência sensível de implicação moral. Averiguando criticamente o pressuposto inerente às investidas no âmbito dos Estudos Culturais e de Mídia, de que há uma continuidade entre os conteúdos políticos de certas imagens e sua repercussão na esfera da recepção, será articulada uma defesa da “livre inatividade” do espectador na apreciação estética intensa, concebida como chave de uma redistribuição dos regimes de sensibilidade que configuram a repartição singular dos objetos da experiência comum.

Palavras-chave
estética; política; imagem; espectador; alteridade

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