Este artigo examina as ocupações como forma de luta e resistência de uma comunidade rural atingida por empreendimentos hidrelétricos na bacia hidrográfica do rio Piranga, no município de Guaraciaba, sudeste de Minas Gerais. O trabalho descreve, ao longo do período de 1995 a 2010, a resistência dos atingidos por barragens para permanecerem na terra. As fontes de informações deste estudo provêm do trabalho de campo realizado no período de 05 a 08 de fevereiro de 2010, além de análises documentais de e-mails de organizações sociais no período das ocupações. Considera-se que, na histórica resistência às barragens, a identidade territorial e a rede de articulação social entre os diversos atores contrários aos projetos tornaram-se os principais elementos de coesão social que fomentaram a sociabilidade, a solidariedade e, principalmente, a permanência da população em seu território.
conflito ambiental; resistência; ocupações; barragens