Resumo
Objetivo:
Analisar a constituição de domicílios e estabelecimentos médico-sociais como espaços possíveis para o final de vida nos cenários brasileiro e francês.
Método:
Estudo etnográfico em domicílios e estabelecimentos médico-sociais em Porto Alegre e Grenoble, entre outubro de 2014 outubro de 2016. Os participantes foram seis pessoas com doença oncológica em final de vida e quatro cuidadores familiares. Os dados foram submetidos à análise cultural.
Resultados:
Foram elaboradas duas categorias: “Eles não sabem onde eu moro”: o domicílio como espaço para o final da vida e “Eles são bons aqui, mas de outra maneira”: os cuidados em estabelecimentos médico-sociais.
Conclusões:
A (re)definição do espaço onde se morre ocorre com base na cultura, além das condições sociais e econômica das famílias para acolher a pessoa em final de vida. Mesmo fora do hospital foi possível identificar que se continua a medicalizar a morte e o morrer.
Palavras-chave:
Antropologia cultural; Enfermagem; Cultura; Cuidados paliativos na terminalidade da vida; Pacientes domiciliares; Instituição de longa permanência para idosos