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Rede hemostática: uma alternativa para a prevenção de hematoma em ritidoplastia

INTRODUÇÃO: Hematoma é a complicação pós-operatória mais frequente em ritidoplastia. Sua ocorrência aumenta a morbidade e prejudica a recuperação. Pontos de adesão internos para fechamento das áreas descoladas em abdominoplastias evitam o surgimento de seroma. Baseados neste princípio, e com o objetivo de reduzir o número de pacientes com hematomas em ritidoplastia, foi desenvolvida tática cirúrgica análoga em que se confecciona uma rede hemostática de pontos contínuos e transfixantes de náilon 4-0, englobando a pele e o SMAS-platisma. MÉTODO: Foram incluídos no estudo 366 pacientes consecutivos, submetidos a ritidoplastia de pelo menos o terço médio da face, entre julho de 2009 e setembro de 2011. O grupo A, incluindo os primeiros 120 pacientes avaliados retrospectivamente, foi considerado controle. O grupo B foi constituído pelos demais 246 pacientes, operados com a tática cirúrgica proposta e avaliados prospectivamente. Observaram-se as incidências de hematoma, isquemia e necrose nas primeiras 72 horas de pós-operatório. RESULTADOS: No grupo A, 17 (14,2%) pacientes apresentaram hematoma, enquanto no grupo B não houve nenhum caso. A tática cirúrgica não aumentou significativamente a ocorrência de isquemia: 11 (9,2%) pacientes no grupo A e 16 (6,5%) no grupo B tiveram essa complicação (P < 0,3964). Também não houve alteração significativa na incidência de necrose, complicação observada em 3 (2,5%) pacientes do grupo A e em 4 (1,6%) do grupo B (P < 0,4298). CONCLUSÕES: A rede hemostática é método eficaz na prevenção de hematomas precoces em ritidoplastias. Essa tática cirúrgica não levou a aumento significativo da incidência de isquemia e necrose.

Hematoma; Ritidoplastia; Face; Necrose; Isquemia


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