A primeira comunicação em cuidados paliativos exclusivos |
Uma sala, familiares e profissionais |
“ Estava só eu e a médica na hora da comunicação. Depois vieram outros profissionais ” (F2) |
Recordação e desvelamento de “tudo” |
“ Relembraram tudo dele e comunicaram ” (F3) “ Falaram da situação, contaram tudo, desde que entrei aqui e disseram ” (F2) |
Comunicação sequencial com os profissionais da equipe |
Recorrer ao médico para saber notícias |
“ Pergunto ao médico ” (F3) “ Pergunto a dr. B ” (F5) |
Buscar notícias com outros profissionais |
“ Pergunto a cada um ” (F1) “ Pergunto a dr. B e às enfermeiras ” (F5) |
O lugar dos médicos |
“ Difícil pra eles, mas é o trabalho deles ” (F5) “ É normal pro médico ” (F3) “ Só que eles têm que fazer o trabalho deles e deixar os pais a par de tudo, tem que contar pros pais tomarem providência ” (F5) |
Comunicando diariamente |
“ Eles vão aos poucos dando as informações, têm cuidado com a gente. Outros são muito diretos ” (F4) |
Médicos que sabem comunicar e acolher |
“ Dr. P é o melhor médico, trabalha bem. Dava mil de nota pra ele. Trata bem todo mundo, é um homem muito bom ” (F4) “ Dr. B e as enfermeiras nos informam sobre tudo ” (F5) |
O lugar dos pais |
“ Mas pra mim é mais difícil, sou a mãe ” (F3) “ Mas pra mim é difícil demais ” (F2) |
Conhecimento sobre o que vai acontecer |
“ Nos informa sobre a situação dele. Elas deixam a gente a par de tudo. É muito bom apesar de já saber o que ele tem e o que vai acontecer ” (F3) “ Mas eu tenho consciência que a gente vai perder ele. Porque de 100 escapa um dessa doença, e o dele é de adulto, um negócio mais difícil, uma coisa que é maligno mesmo, o pior que tem, mesmo operando não dá jeito ” (F5) |
Dificuldade em saber |
“Você ficar ouvindo que seu filho não melhora e vai acontecer o pior ” (F3) “ É difícil saber que não tá melhorando ” (F1) |
Sofrimento pela repetição da má notícia |
“ Até que um dia pedi para pararem de falar isso o tempo todo . (…) Por isso pedi para pararem de falar; quando eu quero saber, pergunto ” (F2) |
Sentimentos relacionados à comunicação cotidiana sobre cuidados paliativos exclusivos |
Desespero |
“ Fiquei desesperada, não é fácil ouvir que o filho vai morrer ” (F1) |
Desmoronamento de esperanças |
“ Porque quando cheguei eles deram muita esperança de cura, passei por tanta coisa” (F2) |
Confiança em Deus |
“ Eu confio em Deus ” (F4) “ Porque Deus é maravilhoso e, se Ele quiser, meu filho levanta daquela cama ” (F4) |
Não aceitação |
“ Até hoje eu ainda não aceitei isso ” (F3) |