A partir do documentário Paulinho da Viola: meu tempo é hoje, busco problematizar a política hegemônica do tempo presente que tem orientado a subjetividade no contexto do capitalismo cultural. No documentário, chama-me a atenção, o modo como o compositor trata o tempo e coloca em xeque as formas predominantes de experimentá-lo - capturado num passado saudoso e mal vivido ou num presente cínico, congelado e indiferente aos desassossegos do corpo. O filme leva-me a vislumbrar linhas de resistência e invenção da subjetividade; resistência à política hegemônica do tempo presente e invenção de novas temporalidades, potências vitais em contextos de extrema aceleração e sutis controles da vida.
subjetividade; tempo; samba; contemporaneidade