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Biopoder e UPPs: alteridade na experiência do policiamento permanente em comunidades cariocas

Biopower and UPPs: altherity in the experience of permanent policing in communities in Rio de Janeiro

O artigo visa refletir sobre a experiência do efetivo policial permanente em dois conjuntos de comunidades cariocas, inserido no escopo das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Foram realizados dois estudos exploratórios, em agosto e dezembro de 2010. Na esteira do conceito foucaultiano de biopoder, discute-se a UPP como rede de relações de poder que a compõe e a legitima, pensando-se o local em que se instala, a política de Estado a que responde, os atores com que opera e as produções históricas das relações entre Estado e territórios populares. O campo de análise constitui-se, assim, nas práticas e saberes localizados no cotidiano e nos efeitos produzidos com a presença do policial na paisagem da favela. Se novas regras são trazidas com as UPPs, novas identificações são mobilizadas e as modulações de conjunto abrem lacunas, o governo de si não se produz sozinho, mas combina-se com diversidades na gestão da vida.

subjetividade; UPP; biopoder; alteridade


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