Esse estudo analisou como jovens de escolas públicas identificam e avaliam vivências de violência no ambiente familiar e comunitário, partindo de um recorte de uma pesquisa sobre risco e proteção na população juvenil. Para tanto, foram selecionados 529 estudantes, de 14 a 24 anos e ambos os sexos, que afirmaram ter sofrido algum tipo de violência naqueles ambientes. Aplicou-se um instrumento com 77 questões sobre situações cotidianas e fez-se análise dos itens relativos à vivência de situações de violência. Os resultados demonstraram a ocorrência mais frequente de violência física na família. Já, na comunidade, ameaça ou humilhação. A percepção negativa dos jovens sobre o ambiente de ocorrência da violência, destacou-se o familiar. Os dados sobre autoestima e autoeficácia revelaram aspectos protetivos. As análises conduzem à conclusão de que a percepção da violência como fator de risco precisa ser compreendida no contexto de participação do jovem e na sua história.
juventude; violência; risco; proteção.