Neste artigo a concepção de sujeito nas obras de Vigotski e Bakhtin e seu Círculo é revisitada em um diálogo com as produções do Grupo de Pesquisa LIC – Linguagem, Interação e Conhecimento da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora, em seus 19 anos de trajetória no campo da pesquisa em educação. Considerando o outro como peça indispensável de todo o processo dialógico que permeia as teorias de Vigotski e Bakhtin, delineia-se brevemente o cerne do fazer metodológico do grupo de pesquisa LIC que, ancorado no materialismo histórico e dialético, compreende o(s) sujeito(s) da pesquisa como participantes responsivos, ativos, dialógicos. Sem a pretensão de formatar uma concepção de sujeito segundo os teóricos russos, são enfocadas as condições de possibilidades que permitem pensar a produção de sentidos nos aspectos interconstitutivos de suas múltiplas dimensões: singular e coletiva, subjetiva e objetiva, biológica e cultural, histórica e dialética.
concepção de sujeito; pesquisa em educação; Vigotski; Bakhtin