Neste estudo de natureza discursiva, nossa proposta é, partindo do dizer de alunos-professores em formação, identificar parte do imaginário construído e descrito por eles sobre o aprender línguas, utilizando-nos de conceitos básicos da psicanálise (desejo e necessidade) e de Foucault (principalmente, o das tecnologias de si). Através da análise de recortes selecionados de entrevistas orais, podemos concluir que aprender línguas implica muito mais do que a aquisição de saberes, habilidades e competências, mas toda a reconfiguração de processos subjetivos e identitários que constituem o sujeito-professor, processos inconscientes que remetem ao caráter ameaçador do desejo e ao caráter regularizador/normatizador das necessidades, que se constituem a partir das relações simbólicas e imaginárias produzidas na e pela história.
língua estrangeira; necessidade; desejo