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Homogeneidade versus heterogeneidade cultural: um estudo em universidade pública

Este trabalho tem por objetivo identificar as significações que uma Universidade Pública possui para os diferentes atores que nela atuam cotidianamente. A partir da noção de representações sociais desenvolvida na Antropologia Social e da visão de Martin e Frost (1996) sobre a cultura organizacional como uma complementaridade entre fragmentação, diferenciação e integração, procurou-se desvendar o universo organizacional de uma universidade pública. O método utilizado foi o etnográfico e compreendeu o período de 1995 a 1998. Os resultados evidenciam que Escassez de recursos e Universidade renomada são significações acerca da Universidade partilhadas por alunos e professores (fragmentação). Professores e funcionários partilham do mesmo significado com relação à Falta de perspectivas profissionais para os últimos (fragmentação). Já a Dificuldade de conciliar estudo e trabalho é uma significação sobre a Universidade restrita ao grupo dos alunos e a Liberdade é uma significação sobre a Universidade partilhada só pelo grupo de professores (diferenciação). Já a representação da Universidade sob a ótica da Deficiência perpassa os três grupos de atores, quais sejam, professores, funcionários e alunos (representação integradora). O estudo representa uma contribuição para a discussão entre homogeneidade e heterogeneidade na identificação de culturas organizacionais.


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