O presente texto discute o tema da incubação tecnológica no campo da economia solidária. Neste âmbito de práticas, buscase situar a especificidade da incubação de redes locais de economia solidária em relação à incubação de cooperativas populares, no intuito de apreender o caráter inovador da primeira em relação à segunda, bem como seu alcance, limites e desafios em termos metodológicos. A discussão proposta toma como base o exame da experiência da Incubadora Tecnológica de Economia Solidária e Gestão do Desenvolvimento Territorial da Universidade Federal da Bahia (ITES/UFBA) e de um de seus casos de aplicação, qual seja, o Projeto EcoLuzia no bairro de Santa Luzia em Simões Filho, município da região metropolitana de Salvador. Este caso ilustra a constituição de uma rede local, utilizandose a metodologia que envolve esse tipo de incubação. Dois eixos centrais de análise nortearam o entendimento do caso: a realidade localde Santa Luzia, de um lado, e o comportamento do agente incubador, do outro. Observase, com isto, que o fator local, assim como o fator metodologia, combinados, representam elementos decisivos na definição dos rumos (avanços e limites) de um processo de incubação dessa natureza.
Incubação; Redes Locais; Economia Solidária