Resumo
Neste artigo promovemos um diálogo entre a sociologia da corrupção e a sociologia dos escândalos objetivando identificar e analisar discursivamente os repertórios interpretativos das revistas Veja e Carta Capital sobre os escândalos de corrupção, especificamente na Operação Lava-Jato, em seu primeiro ano após a deflagração. Nós conduzimos uma pesquisa documental com abordagem qualitativa, reunindo reportagens sobre o caso em análise, e identificamos os três principais repertórios interpretativos das duas revistas. Os resultados apontam que a revista Veja constrói o escândalo com o intuito de fazer oposição frente ao partido de situação da época, o Partido dos Trabalhadores (PT). Já a Carta Capital tenta descontruir o escândalo defendendo que a mídia deveria apenas informar o leitor e não ser partidária de modo a influenciar o leitor eleitor.
Palavras-chave:
Escândalos; Corrupção; Poder; Operação Lava-Jato