Resumo
O artigo visa explorar a atuação e os efeitos produzidos pela Operação Urbana Consorciada Porto Maravilha, instituída pela Lei Municipal nº 101 de 23 de novembro de 2009, que tem por objetivo recuperar a situação socioeconômica e urbanística da Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro. Com base nos estudos do campo Ciência, Tecnologia e Sociedade – CTS, da Teoria Ator-Rede – TAR e da Arquitetura e Urbanismo, entendemos que a Zona Portuária atua como um coletivo, formado por diferentes lugares híbridos em ação, cujas associações entre os actantes conferem complexidade aos lugares. A partir disso, buscamos mapear os movimentos e ações de alguns actantes e reunir diversas traduções e performações do Porto Maravilha. Este modo de olhar para Zona Portuária possibilita evidenciar não só as práticas, mas também os consensos, os posicionamentos de resistência e as controvérsias sobre as transformações pelas quais tem passado a região do porto do Rio de Janeiro na atualidade, fazendo proliferar suas múltiplas realidades ou possíveis versões sobre o projeto Porto Maravilha.
Palavras-chave:
Ciência-tecnologia-sociedade; Teoria ator-rede; Política ontológica; Porto Maravilha/RJ; Lugares híbridos em ação