Resumo:
Muitas vezes os pesquisadores educacionais se interessam pelas diferenças linguístico-culturais que os estudantes imigrantes trazem à escola, negligenciando a proeminência da cidadania legal e cultural para a formação da identidade e a participação em sala de aula. Além disso, em geral rotulam as crianças (i)migrantes como estudantes e aprendizes de língua inglesa ou, (mais raramente) bilíngues emergentes. Esta rotulação estreita dificulta evidenciar determinados aspectos das complexas vivências dos estudantes, com implicações importantes para a aprendizagem. Este artigo destaca evidências antropológicas para apresentar maneiras mais holísticas de representar e discutir as vivências de famílias imigrantes em um mundo globalizado. Este artigo questiona: como uma perspectiva antropológica sobre famílias transnacionais pode nos ajudar a compreender como a imigração modela a vida educacional das crianças? Assim, abordo como as constelações transnacionais de cuidado como abordagem metodológica contribuem para discussões continuadas sobre equidade e pertencimento em estudos no campo educacional.
Palavras-chave:
Transnacional; Cuidado; Família; Educação; Crianças