Dados de identificação
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Resumos: temas e indicativos
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1. TESE - Entre a cela e a sala de aula: um estudo sobre experiências educacionais de educadores presos no sistema prisional paulista. CARVALHO, Odair França de. Orientado por Selva Guimarães Universidade Federal de Uberlândia - UFU (2014) |
Reflete sobre a identidade docente dos educadores(as) presos(as) e analisa suas concepções, os saberes e práticas relacionadas à cidadania, à educação e à justiça. As narrativas revelam um perfil socioeconômico diferenciado dos sujeitos que atuam como educadores nas prisões, estes geralmente passaram por conversão religiosa. Defende a construção de uma EJA específica que considere as singularidades desse espaço e dos sujeitos, reconhecendo contradições e valorizando uma educação libertadora e emancipatória. |
2. DISSERTAÇÃO - Trabalho docente: de portas abertas para o cotidiano de uma escola prisional. VIEIRA, Elizabeth de Lima Gil. Orientada por Isabel Alice Oswald Monteiro Lelis. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC/RJ (2008) |
Investiga os saberes, interações e competências utilizadas pelos professores no contexto de uma escola prisional. Considera-se que o espaço apresenta especificidades tanto em relação às condições para o exercício da atividade, quanto ao objeto de trabalho, o sujeito privado de liberdade. Embora a prática docente se dê em ambiente insalubre e inconstante, junto a alunos emocionalmente comprometidos, os professores exercem sua função com satisfação, mesmo com lacunas da formação inicial, a ausência de políticas e o impacto das normas da prisão. |
3. DISSERTAÇÃO - O Trabalho de professores/as em um espaço de privação de liberdade: necessidades de formação continuada. NAKAYAMA, Andréa Rettig. Orientada por Maria Hermínia Lage Fernandes Laffin Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2011) |
Mapeia as necessidades de formação continuada dos docentes a partir da compreensão das práticas pedagógicas, da relação do/a professor/a, os/as alunos/as e da Escola com o Complexo Penitenciário. Evidenciou que as demandas formativas não estão restritas às questões relacionadas diretamente ao modo de funcionamento desses espaços, pois envolvem questões abrangentes relacionadas às particularidades do trabalho docente, às suas metodologias, avaliações e fundamentos da EJA. |
4. DISSERTAÇÃO - O exercício da docência entre as grades: reflexões sobre a prática de educadores do sistema prisional do estado de São Paulo. MENOTTI, Camila Cardoso. Orientada por Elenice Maria Cammarosano Onofre Universidade Federal de São Carlos - UFSCar (2013ONOFRE, Elenice Maria Cammarosano; JULIÃO, Elionaldo Fernandes. A Educação na Prisão como Política Pública: entre desafios e tarefas. Educação & Realidade , Porto Alegre, v. 38, n. 1, p. 51-69, 2013.) |
Discute o papel da escola e da educação na visão dos educadores presos, o sentido da docência entre as grades e o bem-estar docente na prisão. Aponta que a docência entre as grades marca a vida desses educadores presos no que diz respeito à construção da identidade de professores, à aquisição de novos saberes, à mudança de concepções e de posturas, aprimorando seus relacionamentos dentro e fora das muralhas, devolvendo a eles a autoestima. |
5. DISSERTAÇÃO - A prática docente de educação de jovens e adultos no sistema prisional: um estudo da psicodinâmica do trabalho. BESSIL, Marcela Haupt. Orientada por Álvaro Roberto Crespo Merlo Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (2015) |
Investiga a prática docente da EJA no sistema prisional, com foco em vivências de prazer e sofrimento laboral, a partir da Psicodinâmica do Trabalho. As limitações dos recursos materiais e de espaço físico abrem a possibilidade para a criatividade dos docentes. O prazer é vivenciado pelo reconhecimento que alunos demonstram em relação ao trabalho de professores e o sofrimento ocorre pelo preconceito que sofrem por parte da sociedade, de familiares e colegas por trabalharem no espaço prisional. Aponta que a política pública de EJA no sistema prisional precisa considerar as responsabilidades dos docentes, pois o trabalho realizado pode ser um elo de aprendizagem de novos conhecimentos e perspectivas de vida. |
6. DISSERTAÇÃO - Educação nas prisões: desafios e possibilidades do ensino praticado nas Unidades Prisionais de Manaus. PRADO, Alice Silva do. Orientada por Maria Auxiliadora de Souza Ruiz Universidade Federal do Amazonas (2015) |
Levanta problemáticas e possibilidades referentes à oferta de ensino nas prisões da capital do Amazonas. A partir das referências bibliográficas, das falas dos professores e de alunos em situação de privação de liberdade, observou-se que as perspectivas futuras relacionadas ao ensino nestas unidades tendem a trazer mudanças significativas para a população carcerária e à sociedade em geral, desde que haja empenho por parte dos agentes envolvidos no processo educativo voltado para os detentos. |
7. DISSERTAÇÃO - Processo de constituição da identidade profissional de professores na educação escolar de uma unidade prisional de Minas Gerais. DUARTE, Alisson José Oliveira. Orientado por Helena de Ornellas Sivieri Pereira Universidade Federal do Triângulo Mineiro (2017) |
Verifica com investigações em campo junto a entrevistas com cinco professores e a diretora da escola que as singularidades do espaço prisional efetuam transformações na identidade profissional por conta da Relação professor/aluno que constitui sua autoimagem, autoestima e realização profissional; da Identidade para o outro e sentimento de incompreensão, se sentem desvalorizados pela representação social das prisões; e as “Especificidades do perfil docente” que demonstram qualidades e experiências únicas. |
8. DISSERTAÇÃO - Educação escolar na prisão: os significados e sentidos das professoras que atuam em unidades penais de Corumbá, Mato Grosso do Sul. BARCELOS, Clayton da Silva. Orientado por Tiago Duque Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2017) |
Identifica os significados e sentidos que professoras do sistema penal dão à educação escolar. Com base em pesquisa etnográfica e entrevistas com 15 professoras, problematiza a fronteira simbólica entre a cela e a sala de aula, quando (re)educandos parecem deixar de serem vistos como presos e passam a ser alunos. Aponta a necessidade de oferecer às professoras melhores condições de trabalho (não por contratos temporários) e formação adequada. Apresenta como a disciplina imposta aos estudantes viabiliza a escolarização nas prisões, embora a busca pela remição e a falta de estrutura dificultem a legitimidade do processo educativo. |
9. Educação escolar na prisão na visão dos professores: um hiato entre o proposto e o vivido ONOFRE, Elenice Maria Cammarosano. (Universidade Federal de São Carlos - UFSCar) Reflexão & Ação (2009) |
Evidencia pelas vozes dos professores que, embora a prisão seja apontada como espaço de reeducação e ressocialização, ao construir uma experiência ancorada no exercício autoritário do poder e da dominação as relações se socializam na delinquência. Apesar disso, a escola é para eles uma das instituições que melhor cumpre a tarefa de oferecer possibilidades nesse sentido. |
10. Políticas de formação de educadores para os espaços de restrição e de privação de liberdade ONOFRE, Elenice Maria Cammarosano (Universidade Federal de São Carlos - UFSCar) Revista Eletrônica de Educação (2013) |
Analisa o papel da escola na prisão e de atividades formativas com educadores que atuam em espaços de privação de liberdade. Constata a complexidade do fenômeno educativo e a necessária formação do professor para além de conteúdos específicos, uma vez que deve se apropriar das singularidades do cotidiano e das motivações dos jovens e adultos, pois constrói com eles um projeto de vida que favoreça em sua (re)inserção social. |
11. Ações de formação em EJA nas prisões: o que pensam os professores do sistema prisional do Ceará? ANDRIOLA, Wagner Bandeira (Universidade Federal do Ceará - UFC) Educação & Realidade (2013) |
Relata as principais ações de EJA que são desenvolvidas com profissionais do Sistema Prisional do Ceará. Atualmente, no Brasil são desenvolvidas tão somente duas ações de formação de professores do Sistema Prisional, no nível de especialização, uma delas executada no Ceará. |
12. O trabalho de professores/as em um espaço de privação de liberdade. LAFFIN, Maria Hermínia Lage Fernandes e NAKAYAMA, Andréa Rettig (Universidade Federal de Santa Catarina -UFSC) Educação & Realidade (2013) |
Em um estudo junto aos docentes que atuam na Escola Supletiva da Penitenciária de Florianópolis busca evidenciar demandas de formação continuada diante da atuação dos/as educadores, principalmente aquelas relacionadas com particularidades desses espaços, as metodologias, o modo de compreender os estudantes, a relação com demais profissionais e fundamentos da EJA. |
13. Adoção de Cidadãos Presos e Formação de Professores para a Prisão: Ações de Fraternidade Política e Direitos, aproximando a extensão universitária da ASCES e da UFPE no agreste pernambucano. JORDÃO, Maria Perpétua Socorro Dantas. (Associação Caruaruense de Ensino Superior - ASCES); WANDERLEY, Paula Isabel Bezerra Rocha. (Universidade Federal de Pernambuco - UFPE) Revista Eletrônica de Educação (2014) |
Avalia impactos de dois projetos extensionistas - Adoção Jurídica de Cidadãos Presos (ASCES) e Formação de Professores para o Sistema Penitenciário (UFPE). As ações são realizadas envolvendo ampla participação da sociedade civil; os trabalhos são apresentados em forma de encontros de formação com os professores, palestras e debates com os detentos e atividades mediadas por elementos lúdicos. A fraternidade política aparece como referencial teórico no trabalho com os docentes e no estímulo às relações entre os sujeitos envolvidos na preocupação com a formação de valores civilizatórios que tenham como base a dignidade das pessoas livres ou encarceradas. |
14. A formação do pedagogo e a educação nas prisões: reflexões acerca de uma experiência PENNA, Marieta Gouvêa de Oliveira; CARVALHO, Alexandre Filordi de; NOVAES, Luiz Carlos (UNIFESP) Caderno CEDES -UNICAMP (2016) |
Problematiza a formação do educador, tendo como referência as diretrizes que orientam e organizam o curso de Pedagogia e a oferta da EJA nos estabelecimentos penais. Propõe um debate teórico-crítico em torno dos limites e das possibilidades implicados no exercício da docência em estabelecimentos penitenciários, bem como das condições de contratação de professores, no estado de São Paulo. Aponta uma experiência inovadora da Unifesp na formação do pedagogo, em perspectiva crítica. |
15. A Prática Docente de Educação de Jovens e Adultos no Sistema Prisional. BESSIL, Marcela Haupt e MERLO, Álvaro Roberto Crespo (UFRGS) Rev. Psicologia Escolar e Educacional - USP (2017) |
Busca compreender a dinâmica do prazer e sofrimento, a luz da Psicodinâmica do Trabalho, das atividades desempenhadas por docentes da EJA nas prisões. Aponta que há interferência da organização dos estabelecimentos nas atividades docente. Ressalta a importância de se pensar sobre as responsabilidades do docente diante dessa população privada de liberdade. |
16. O trabalho docente em prisões: considerações acerca da formação. AMORIM-SILVA, Karol Oliveira de; ANTUNES-ROCHA, Maria Isabel Antunes (UFMG) Trabalho & Educação - UFMG (2017) |
Intenta apreender o que é a educação em prisões por meio das representações sociais dos educadores em formação. A ausência de formação inicial e continuada de professores desafia a construção de uma prática educativa contextualizada e que considere as especificidades dos alunos reclusos. Em contrapartida, partindo do pressuposto do trabalho como princípio educativo, sabe-se que pela prática e experiência há construção de saberes por parte dos professores. |