RESUMO
O grande número de espécies e a complexidade do gênero Indigofera geram controvérsias taxonômicas de difícil resolução. Para contribuir com a taxonomia do gênero, foram levantados caracteres diagnósticos do envoltório seminal de sete espécies brasileiras de Indigofera, utilizando técnicas de exame de superfície e histológicas. As sementes são pequenas, em sua maioria rombóides mas também cúbicas ou cilíndricas, variando de verde-claras a castanho-escuras, exotestais, albuminosas, com hilo mediano, circular a ovado, de coloração conspícua. O envoltório apresentou microescultura micro a macrorreticulada, sendo constituído por macroesclereídes (com conteúdo fenólico em cinco espécies) e osteosclereídes. Embora a anatomia do envoltório da semente não tenha apresentado diferenças marcantes entre as espécies, a combinação de caracteres provenientes da microescultura da superfície seminal, da forma e do tamanho do hilo e da semente, e do número de camadas de osteosclereídes, permitiu a identificação das espécies estudadas neste trabalho. Foi concluído que a anatomia é uma ferramenta bastante útil para subsidiar a taxonomia do gênero.
Palavras-chave:
Anatomia; microscopia eletrônica de varredura; microescultura; taxonomia; testa; semente