Resumo:
Priscilla, a rainha do deserto (1994), filme australiano de Stephan Elliott, expressa de modo socioestético um panorama de dispositivos produtores de subjetividades contemporâneas na Austrália. Observaremos, nesse estudo, alguns aspectos da produção de tais subjetividades, nas possíveis mobilidades transversais, dispostas nas relações tensionadas pelas espacialidades - em seus lugares e não-lugares, espaços lisos e estriados (AUGÉ, 1992_____. Non-Lieux. Introction à une anthropologie de la surmodernité. Paris: Seuil. Coll. La librairie du XXIe siècle, 1992. [Não-lugares: Introdução a uma antropologia da supermodernidade. Tradução de Lúcia Pereira. Campinas, SP: Papirus, 1994.]; 1997_____. L'impossible voyage: le tourisme et ses images. Paris: Payot/Rivages, 1997.; 2006; DELEUZE, 1997) - percorridas pelo trio de protagonistas que, na viagem de Sidney a Alice Springs, encontra-se com uma comunidade aborígene no coração do Outback. Entre a Altjeringa e o didgeridoo, acompanharemos esse encontro entre identidades homoafetivas e identidades ancestrais que, em certo estrato semântico desse filme, aponta-nos contextos de negociações político-culturais no histórico e imaginativo processo de construção da nação (ANDERSON, 2006), feito pela estratificada sociedade australiana.
Palavras-chave:
Priscilla, A Rainha do Deserto; Austrália; Altjeringa; Didgeridoo; Mobilidade Transversal