Resumo:
Este artigo objetiva refletir sobre alguns aspectos do poema The Waste Land (1922), de T.S. Eliot, repensando o movimento do poema de equiparação da modernidade a uma dimensão fantasmagórica e irreal, da qual seria possível escapar ao se atingir uma esfera incorruptível do ser. Porém, faz-se necessário indagar quais são as tensões presentes nas representações imaginárias do poema que conflitam com esse desejo latente de transcendência, fazendo com que esse desejo, no percurso do poema, desemboque, nas palavras de Slavoj Žižek (2013, p.26), em uma sensação de “mal-estar metafísico”, e não em uma perspectiva de redenção. Assim, o materialismo lacaniano via Žižek, filósofo esloveno que atua nas áreas de Teoria Política, Crítica Cinematográfica, Psicanálise e Estudos Culturais, torna-se essencial para a possibilidade de detectar um movimento mais profundo na dinâmica do poema.
Palavras-chave:
Materialismo lacaniano; Real; Transcendência; T. S. Eliot; The Waste Land