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Relação entre bruxismo, fatores oclusais e hábitos bucais

OBJETIVO: avaliar a relação entre bruxismo, fatores oclusais e hábitos bucais em crianças e adolescentes, alunos da rede pública da cidade de Brasília/DF. MÉTODOS: um grupo de 680 escolares, de ambos os gêneros, na faixa etária de 4 a 16 anos, foi aleatoriamente selecionado. Os dados foram coletados através da avaliação clínica e da aplicação de questionários aos responsáveis pelos alunos. Os aspectos morfológicos da oclusão foram avaliados segundo a classificação de Angle e critérios para a dentadura decídua, de Foster e Hamilton (1969). As mordidas cruzadas anterior e posterior, uni ou bilateral, foram avaliadas. O teste qui-quadrado, a Odds Ratio e o software SPSS foram utilizados para análise estatística. RESULTADOS E CONCLUSÕES: 592 questionários retornaram de maneira completa. A prevalência de bruxismo foi de 43%, enquanto 57% apresentaram má oclusão. Os hábitos bucais foram observados em 53%. A prevalência de má oclusão aumentou de 42,6% na dentadura decídua para 74,4% na dentadura permanente. A avaliação dos resultados indicou que não houve relação estatisticamente significativa entre o bruxismo e os fatores oclusais estudados (p > 0,05). Não foram encontradas diferenças entre os gêneros em ambas as variáveis. A onicofagia foi o hábito mais prevalente (35%) com preferência para o gênero feminino. Houve relação estatisticamente significativa entre bruxismo e hábitos bucais. Avaliando os tipos específicos de hábitos, apenas a sucção de chupeta se mostrou relacionada ao bruxismo. Estudos adicionais serão necessários para melhor compreensão dos fatores locais na gênese do bruxismo.

Bruxismo; Sono; Má oclusão; Hábitos bucais


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