Efeito da Qualidade do Sítio e do Desbaste na Produção de Pinus

David, Hassan Camil; Péllico, Sylvio; Arce, Julio Eduardo; Corte, Ana Paula Dalla; Marinheski, Ataides; Araújo, Emanuel José Gomes de

doi:10.1590/2179-8087.096414

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Sumário

Artigo Original • Floresta Ambient. 24 • 2017 • https://doi.org/10.1590/2179-8087.096414 copiar

Efeito da Qualidade do Sítio e do Desbaste na Produção de Pinus

Effect of Site Quality and Thinning in Pine Yield

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

RESUMO

O objetivo deste texto foi avaliar estatisticamente o efeito de desbastes e da qualidade de sítio na área basal (G) e no volume total do fuste (v) e do sortimento de Pinus taeda. Os desbastes ocorreram entre 8 e 9 anos de idade, cortando uma em cinco linhas de plantio mais 66%, 54%, 42%, 30% e 19% de árvores do dossel inferior. Entre 3 e 4 anos pós-desbaste, foram mensurados diâmetros e cubadas as árvores, possibilitando calcular a G e os volumes. Estruturou-se um delineamento em blocos casualizados, adotando-se blocos e tratamentos como sítios e regimes de desbaste, respectivamente. O v foi modelado por parcela, possibilitando estimar o volume por sortimentos pelo software SISPINUS. Concluiu-se que a relação volumétrica entre tratamentos varia para árvores mais grossas. Entre blocos, reduz sua inclinação ao piorar a qualidade do sítio. A capacidade produtiva exerce mais efeito nas variáveis analisadas do que os desbastes variando em peso.

Palavras-chave:
desbaste misto; capacidade produtiva; volumetria

Tabela 1 Desbastes mistos aplicados em povoamentos de Pinus taeda em Santa Catarina.

Bloco	Tratamento	Densidade inicial	Remoção de árvores por desbaste		Total de árvores
Bloco	Tratamento	Densidade inicial	Sistemático	Seletivo	Colhido	Remanescente
1, 2, 3 e 4	1	1.600	20% de 1.600	66% de 1.280	1.165	435
	2	1.600	20% de 1.600	54% de 1.280	1.011	589
	3	1.600	20% de 1.600	42% de 1.280	858	742
	4	1.600	20% de 1.600	30% de 1.280	704	896
	5	1.600	20% de 1.600	19% de 1.280	563	1.037

Tabela 2 Modelos volumétricos ajustados a parcelas experimentais de Pinus taeda em Santa Catarina.

Autor	Modelo	No
Spurr	$v_{i} = a_{0} + a_{1} . d a p^{2} . h + ε$	(1)
Schumacher-Halllinear	$\ln (v_{i}) = a_{0} + a_{1} . \ln (d a p) + a_{2} . \ln (h) + ε$	(2)
Stoate	$v_{i} = a_{0} + a_{1} . d a p^{2} + a_{2} . d a p^{2} . h + a_{3} . h + ε$	(3)
Naslund	$v_{i} = a_{1} . d a p^{2} + a_{2} . d a p^{2} . h + a_{3} . d a p . h^{2} + a_{4} . h^{2} + ε$	(4)
Spurr logarítmico	$\ln (v_{i}) = a_{0} + a_{1} . \ln (d a p^{2} . h) + ε$	(5)
Husch linear	$\ln (v_{i}) = a_{0} + a_{1} . \ln (d) + ε$	(6)

Tabela 3 Sortimento de toras empregado em parcelas experimentais de Pinus taeda em Santa Catarina.

Classe	Uso	Comprimento (m)	Diâmetro (cm)
Classe	Uso	Comprimento (m)	Mínimo		Máximo
S1	Serraria 3	2,5	25,0	⊣	35,0
S2	Serraria 2	2,5	18,0	⊣	25,0
S3	Serraria 1	2,4	8,0	⊣	18,0
S4	Energia	1,0	5,0	⊣	8,0
Resíduo	-	-	0,0	⊣	5,0

Tabela 4 Análises estatísticas e teste de Tukey para variáveis de Pinus taeda em Santa Catarina.

Tratamento	G (m²/ha)	V (m³/ha)	v (m³)	Bloco	G (m²/ha)	V (m³/ha)	v (m³)
1	21,5e	364,8d	0,4190a	1	42,1a	820,3a	0,6249a
2	26,8d	380,5cd	0,3858ab	2	35,8b	444,2b	0,4350b
3	31,6c	394,4bc	0,3631bc	3	27,8c	174,5c	0,2710c
4	36,1b	409,3ab	0,3452c	4	19,1d	136,3d	0,1413d
5	39,8a	420,3a	0,3272c
F_calculado	65,45^* * significativo, ao nível de 5% de significância.	11,72^* * significativo, ao nível de 5% de significância.	11,53^* * significativo, ao nível de 5% de significância.	F_calculado	154,25^* * significativo, ao nível de 5% de significância.	2.981,81^* * significativo, ao nível de 5% de significância.	492,17^* * significativo, ao nível de 5% de significância.
Média	31,2	393,8	0,3680	Média	31,2	393,8	0,3680
CV(%)	23,3	5,0	9,7	CV(%)	32,0	69,4	56,8

Tabela 5 Estatísticas de ajuste de modelos volumétricos para parcelas experimentais de Pinus taeda em Santa Catarina.

Parcela	Autor	a₀	a₁	a₂	a₃	a₄	s_yx(%)	R²_aj.	Nº
T1B1	Husch	–8,26487	2,31091				7,67	0,9770	6
T2B1	Stoate	–0,24112	0,00054	0,00001	0,01284		11,80	0,9428	3
T3B1	Spurr	0,01355	0,00004				9,91	0,9631	1
T4B1	Näslund		0,00061	–0,00002	0,00006	–0,00051	8,65	0,9580	4
T5B1	Näslund		0,00114	–0,00008	0,00012	–0,00127	8,93	0,9624	4
T1B2	Stoate	0,28342	–0,00051	0,00006	–0,01546		8,34	0,9675	3
T2B2	Stoate	0,13186	–0,00065	0,00006	–0,00365		7,75	0,9722	3
T3B2	Stoate	0,06170	–0,00060	0,00006	0,00124		7,99	0,9551	3
T4B2	Stoate	0,06942	–0,00023	0,00004	–0,00206		7,74	0,9594	3
T5B2	Stoate	0,11752	–0,00048	0,00006	–0,00366		8,51	0,9582	3
T1B3	Näslund		0,00003	0,00006	–0,00007	0,00083	7,12	0,9830	4
T2B3	Näslund		0,00039	–0,00001	0,00004	–0,00021	6,90	0,9725	4
T3B3	Näslund		–0,00001	0,00005	–0,00004	0,00055	7,54	0,9750	4
T4B3	Näslund		0,00025	0,00001	0,00001	0,00002	6,17	0,9707	4
T5B3	Näslund		0,00034	4,24E-06	0,00002	–0,00008	6,52	0,9715	4
T1B4	Sc.-Hall	0,00005	2,12486	0,76893			6,12	0,9814	2
T2B4	Stoate	–0,30639	0,00102	–0,00002	0,01957		7,90	0,9773	3
T3B4	Stoate	–0,13060	0,00061	–4,9E-06	0,00978		7,04	0,9608	3
T4B4	Spurr	–0,00478	0,00004				7,55	0,9520	1
T5B4	Spurr	–0,00329	0,00004				6,98	0,9622	1

Tabela 6 Teste F de Graybill para modelos volumétricos ajustados para parcelas de Pinus taeda em Santa Catarina.

Parcelas agrupadas	Modelo reduzido								F	H0
Parcelas agrupadas	No	$a_{0}$	$a_{1}$	$a_{2}$	$a_{3}$	$a_{4}$	s_yx%	R²_aj.	F	H0
T4B1 e T5B1	4	-	0,00085	-0,00005	0,00008	–0,00083	8,83	0,9600	2,53^* * significativo pelo teste F a 5% de significância;	R
T1B2, T2B2, T3B2, T4B2 e T5B2	3	0,18111	–0,00059	0,00006	–0,00711	-	8,20	0,9610	11,33^* * significativo pelo teste F a 5% de significância;	R
T1B2, T2B2, T3B2 e T4B2	3	0,18008	–0,00060	0,00006	–0,00702	-	8,00	0,9612	1,58ns	A
T1B3, T2B3, T3B3, T4B3 e T5B3	4	0,00019	0,00002	–0,00001	0,00023	-	7,01	0,9713	0,15ns	A
T2B4 e T3B4	3	–0,21685	0,00073	–0,00001	0,01594	-	7,89	0,9630	0,28ns	A
T4B4 e T5B4	1	–0,00597	0,00004	-	-	-	7,20	0587	0,20ns	A

Tabela 7 Análises estatísticas e teste de Tukey para volume por sortimento de Pinus taeda aos 12 anos de idade em Santa Catarina.

Tratamento	Sortimento 1	Sortimento 2	Sortimento 3	Sortimento 4
1	54,6	118,8b	150,3	31,4
2	56,3	132,9ab	149,1	32,6
3	56,9	144,9ab	148,6	34,5
4	58,0	158,7a	147,9	35,6
5	58,2	166,9a	149,8	36,8
F_calculado	0,26ns	4,20^* * e significativo ao nível de 5% de significância.	0,06ns	0,67ns
Média	56,8	144,4	149,1	34,2
CV(%)	2,3	12,0	0,6	5,7
Bloco	Sortimento 1	Sortimento 2	Sortimento 3	Sortimento 4
1	192,6a	339,5a	259,8a	22,1b
2	34,1b	190,7b	194,7b	19,8b
3	0,5c	47,5c	110,4c	12,8b
4	0,0d	0,0d	31,5d	82,0a
F_calculado	1.264,43^* * e significativo ao nível de 5% de significância.	329,38^* * e significativo ao nível de 5% de significância.	817,28^* * e significativo ao nível de 5% de significância.	184,48^* * e significativo ao nível de 5% de significância.
Média	56,8	144,4	149,1	34,2
CV (%)	140,2	91,9	57,7	81,4

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[1] *Hassan Camil David Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná – UFPR, Avenida Pref. Lothário Meissner, 632, Bairro Jardim Botânico, CEP 80210-170, Curitiba, PR, Brasil e-mail: hassancamil@gmail.com