Introdução:
Há controvérsias na literatura quanto às vantagens da via radial para cateterismos diagnósticos comparadas às da via femoral. O objetivo deste estudo foi comparar o acesso pelas vias radial e femoral quanto aos tempos de procedimento e de fluoroscopia, e ao volume de contraste utilizado.
Métodos:
Estudo observacional, retrospectivo, realizado por meio de análise documental de registros de pacientes submetidos consecutivamente ao cateterismo cardíaco, nos meses de julho de 2012 a dezembro de 2013.
Resultados:
Foram analisados 192 pacientes, sendo a via radial utilizada em 78,1% dos casos. A idade dos pacientes foi de 63,1 ± 11,9 anos, a maioria era do sexo masculino (55,7%) e 21,4% eram diabéticos. O tempo do procedimento foi menor no grupo radial 12,0 minutos (9,0 a 17,2 minutos) vs. 18,3 minutos (12,0 a 34,5 minutos), p < 0,01. O tempo de fluoroscopia foi de 270,0 segundos (180,0 a 389,5 segundos) vs. 244,0 segundos (175,3 a 705,0 segundos), sem diferença entre os grupos (p = 0,59). O volume de contraste foi menor nos pacientes avaliados por via radial 100,0 mL (75,0 a 117,5 mL) vs. 100,0 mL (80,0 a 150,0 mL), p < 0,01.
Conclusões:
Em nosso laboratório, que privilegiou a via radial como via de acesso para cateterismos cardíacos, os tempos do procedimento e de fluoroscopia, bem como o volume de contraste, foram menores ou comparáveis aos da abordagem femoral.
Cateterismo cardíaco; Fluoroscopia; Meios de contraste; Artéria radial; Artéria femoral