Resumo
Este artigo problematiza historicamente as experiências de um professor de primeiras letras de Curitiba entre as décadas de 1830 e 1860 com o objetivo de acompanhar os modos como o mestre João Baptista Brandão de Proença foi se produzindo como professor, funcionário público e intelectual. Num período marcado pela oralidade e escassa presença de instituições de formação, o artifício metodológico de acompanhar sua trajetória permitiu perceber como a experiência docente foi sendo construída na tessitura da circulação de sujeitos em diferentes espaços sociais e por meio do acúmulo de um repertório pedagógico, legal e político-administrativo. Personagem “excepcional normal”, como consideraria Carlo Ginzburg (2007, p. 277), João Baptista Brandão de Proença indicia os percalços sofridos e as astúcias empregadas pelos primeiros mestres Oitocentistas na produção da docência como ofício.
Palavras-chave:
experiência docente; instrução pública; culturas políticas