RESUMO
O objetivo deste artigo é analisar o processo de decisão sobre a criação do Colégio Universitário na Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (UREMG), entre 1964 e 1965. O baixo financiamento, a dúvida sobre o caráter da formação no secundário e a necessidade de atendimento às demandas do capital marcavam a disputa entre a criação do Colégio Universitário e a manutenção do Agrotécnico. A pesquisa, realizada a partir da consulta a documentos do arquivo histórico da Universidade Federal de Viçosa (UFV), indica que a manutenção do Curso Agrotécnico foi vencida pelo argumento da falta de recursos e pela ineficiência do curso técnico em manter os jovens afastados da disputa pelas poucas vagas do ensino superior. A análise evidencia a disputa entre capital e trabalho na definição de um modelo de formação para o jovem brasileiro.
Palavras-chave:
Colégio Universitário; Curso Agrotécnico; ensino técnico; ensino secundário; Minas Gerais