Resumo
Este artigo, analisa as transformações na experiência da história a partir do projeto editorial britânico da Universal History e da sua recepção no mundo lusófono no final do século XVIII. Investiga-se como este projeto foi empreendido visando atender aos anseios de um público leitor em expansão e como esse fenômeno afetou os modos de representar e experimentar a história. Uma nova visão cosmopolita do processo histórico precisou distender os limites tradicionais do decoro narrativo e das demandas por erudição vigentes nas academias ilustradas, emergindo paralelamente outras variedades de produção historiográfica. Na dimensão lusa, investiga-se como Antônio de Moraes Silva traduziu e compilou a História de Portugal a partir de uma edição francesa ampliada da Universal History . Procuramos demonstrar como as transformações dessa narrativa através das diversas edições sinalizam a crescente dificuldade de se estabelecer uma representação unívoca e harmônica dos eventos e processos históricos.
Palavras-chave
Modernidade; Historiografia; História das Ideias; Europa; Portugal