O artigo pretende analisar a construção de modelos de santidade feminina no Novo Orbe serafico brasilico, a obra mais conhecida do frade franciscano Antônio de Santa Maria Jaboatão (1695-1779). No livro em pauta, são analisados três relatos de vida: o da viúva Antônia de Pádua de Góes (†1643), o da beata Catharina Paes Landim (†1748) e o da freira Maria da Soledade (1668-1719). A hipótese sustentada é a de que as diferentes narrativas serviriam como modelos de virtude para as mulheres coloniais pertencentes aos estados de casada, viúva, beata e religiosa. Por outro lado, os relatos transcritos e adaptados por Jaboatão provavelmente sofreram influências de modelos narrativos hagiográficos, particularmente aqueles inspirados nas vidas de Santa Isabel, rainha de Portugal, e Santa Clara de Assis.
santidade feminina; práticas devocionais; catolicismo colonial; Bahia; século XVIII.