Este artigo propõe uma reflexão em torno dos tempos turbulentos vivenciados na região missioneira do Rio Grande do Sul e suas implicações para a memória coletiva e para o imaginário dos contadores de causos que nela vivem. A memória dos diversos conflitos que ocorreram naquele território - do processo da conquista do Novo Mundo, passando pela edificação das sete cidades barrocas nas reduções jesuítico-guarani, até as diversas revoluções que agitaram suas fronteiras - persiste transfigurada nas imagens míticas que reatualizam o bestiário maravilhoso, a presença de espíritos e o terror nas paisagens missioneiras.
memória coletiva; imaginário; missões; Barroco; Rio Grande do Sul.