Este artigo analisa as relações entre história e política, utilizando como fontes as poesias de alguns lundus compostos durante a quebra da casa bancária Souto (Rio de Janeiro, 1864). Defende-se a hipótese de que, ao travarem um "diálogo" em torno do tema, essas poesias expuseram diferentes visões sobre a crise, encontrando eco entre alguns de seus receptores, que nelas se reconheceram como parte do processo de participação política naquele episódio e foram alguns dos responsáveis pelo sucesso de que as letras desfrutaram, a ponto de serem publicadas em diferentes cancioneiros no Rio de Janeiro da segunda metade do século XIX.
história; política; lundus; cancioneiros; Rio de Janeiro