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Ofícios e estratégias de acumulação: o caso do despenseiro da Inquisição de Lisboa Antonio Gonçalves Prego (1650-1720)

RESUMO

Os palácios inquisitoriais, sedes dos tribunais do Santo Ofício, não eram apenas elementos arquitetônicos utilitários, mas assumiram uma relevância simbólica no seio da sociedade portuguesa do Antigo Regime. Isso ainda era mais forte em Lisboa, onde além de tribunal distrital, os Estaus também eram a sede do Conselho Geral e a residência do inquisidor geral. Neste artigo, pretendemos mostrar a importância do tribunal inquisitorial enquanto locus de afirmação social, a partir do exemplo de um daqueles que eram chamados de oficiais leigos da Inquisição (alcaide, meirinho, guardas etc.) e que, via de regra, assim como o inquisidor geral, residiam nos Estaus. No entanto, também mostraremos que essa importância ia mais além da simples certificação da pureza de sangue e que ela se entende apenas no âmbito de estratégias sociais mais amplas do indivíduo e de sua família.

Palavras-chave:
Inquisição portuguesa; Estaus; mobilidade social; venalidade de ofícios.

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