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Piquetes como repertório: organização operária e redes sociais nas greves de 1957 e 1980* 52 Neste sentido, ver a interessante análise sobre as imagens dos piquetes no filme Lula, filho do Brasil. Direção: Fábio Barreto, 2009. DVD. (128 minutos) em FRENCH, John e NEGRO, Antonio Luigi. Politics, Memory, and Working Class Life in the Commercial Biopic Lula, Son of Brazil. A contra corriente, v. 8, n. 3, 2011.

RESUMO

Este artigo analisa o papel dos piquetes em duas das mais importantes greves da história brasileira, a “greve dos 400 mil”, que envolveu diversas categorias industriais em São Paulo e cidades vizinhas em 1957, e a “greve dos 41 dias”, em 1980, organizada pelos metalúrgicos do ABC Paulista, na região metropolitana da cidade de São Paulo. Embora separadas no tempo em quase 25 anos, essas duas grandes paralisações se tornaram exemplos paradigmáticos das formas de ação sindical, tanto do sindicalismo sustentado pelo bloco formado pelas forças “nacional-reformistas” e comunistas, hegemônicas no período anterior ao golpe civil-militar de 1964, quanto do “novo sindicalismo” que emergiu a partir do final dos anos 1970. A análise mais detida das greves mostra elementos destacados de aproximação e semelhanças entre os dois movimentos. A análise mais apurada da ação dos piquetes indica um repertório organizativo mais permanente e resistente do que indicado pela bibliografia especializada e pelo discurso das lideranças políticas e sindicais.

Palavras-chave:
greves; piquetes; trabalhadores; sindicalismo.

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