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Catolicismo em disputa: a comunidade agudá e a geopolítica colonial (Uidá 1844-1866)

RESUMO

Este artigo examina a ocupação e subsequente expulsão dos padres da Societé des Missions Africaines de Lyon do forte português de Uidá (Ajudá), na África Ocidental, na década de 1860. A concorrência entre os projetos de missionização católica dos portugueses e dos franceses encobria interesses coloniais de caráter nacional, mas também uma antiga disputa eclesiástica entre o padroado português e o papado romano. A contextualização da longa duração desse evento busca compreender como a comunidade local dos agudás - composta de portugueses, brasileiros e africanos libertos retornados da Bahia - reagiu diante dessa geopolítica internacional. Os dados sugerem alinhamentos variáveis dos agudás, não isentos de uma aparente tensão racial marcada pelo estigma da escravidão.

Palavras-chave:
missões católicas; catolicismo africano; agudás; Costa da Mina; Uidá

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