RESUMO
No Portugal do século XV, as crônicas e os relatos de viagem dedicados ao passado dos reinos e ao avanço por terras africanas mostram-se estruturados a partir de certas ideias gerais, como ordenar, não deixar esquecer, ensinar os que hão de vir e evitar toda e qualquer falsidade. Esses dois tipos de narrativas com função ordenadora do passado lançam mão de um jogo vocabular relativamente homogêneo em torno de algumas palavras, a saber: a graça, a virtude e a obediência. Tais palavras, como será examinado neste estudo, por sua recorrência, revelam-se elos ou eixos moralizadores para justificar e ornar as ações dos protagonistas das histórias de então: os reis, os infantes e os navegadores.
Palavras-chave:
expansão quatrocentista; Portugal; crônicas; relatos de viagem; moralidade