Resumo
Objetivo:
calcular taxas de mortalidade no primeiro dia de vida entre 2010 e 2015 em oito Unidades da Federação brasileira com melhor qualidade de informação, avaliar fatores associados e classificar os óbitos segundo causa básica e evitabilidade.
Métodos:
estudo descritivo; as taxas foram comparadas conforme características maternas e da criança; a análise de evitabilidade usou a ‘Lista brasileira de causas de mortes evitáveis’.
Resultados:
21,6% (n=20.791) dos óbitos infantis ocorreram no primeiro dia de vida; a taxa de mortalidade reduziu-se de 2,7 para 2,3 óbitos/1.000 nascidos vivos; observaram-se maiores taxas em NV com baixo peso, nascidos pré-termo e filhos de mães sem escolaridade; as principais causas dos óbitos foram síndrome da angústia respiratória (8,9%) e imaturidade extrema (5,2%); 66,3% das causas de óbito foram consideradas evitáveis.
Conclusão:
dois terços dos óbitos no primeiro dia de vida poderiam ser evitados por atenção adequada à mulher na gestação e no parto, e ao NV.
Palavras-chave:
Mortalidade Infantil; Causas de Morte; Saúde da Criança; Sistemas de Informação; Estatísticas Vitais