Resumo
Objetivo:
estimar a prevalência de exame citopatológico não realizado nos últimos três anos e de nunca realizado em mulheres, e analisar fatores associados.
Métodos:
estudo transversal, com mulheres de 20 a 69 anos de idade, em São Leopoldo, RS, Brasil, em 2015; calcularam-se as razões de prevalência (RP) por regressão de Poisson.
Resultados:
entre 919 mulheres, a prevalência de exame atrasado foi 17,8% (intervalo de confiança de 95% [IC95%15,4;20,3), e de nunca realizado, 8,1% (IC95%6,3;9,8); na análise ajustada, o aumento na prevalência de exame atrasado mostrou-se associado à classe econômica D/E (RP=2,1 - IC95%1,3;3,5), idade de 20-29 anos (RP=3,2 - IC95%2,1;4,9) e nenhuma consulta realizada (RP=3,0 - IC95%2,1;4,1); nunca ter realizado exame associou-se com classe econômica D/E (RP=2,6 - IC95%1,4;5,0), idade de 20-29 anos (RP=24,1 - IC95%6,4;90,9) e nenhuma consulta (RP=2,9 - IC95%1,7;4,8).
Conclusão:
a cobertura de exame foi alta e com iniquidade.
Palavras-chave:
Esfregaço Vaginal; Saúde da Mulher; Prevenção Secundária; Iniquidade Social; Estudos Transversais