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Falhas operacionais no controle da hanseníase em redes de convívio domiciliar com sobreposição de casos em áreas endêmicas no Brasil* * Artigo derivado de dissertação de mestrado intitulada ‘Padrões epidemiológicos, sociodemográficos, clínicos e operacionais da sobreposição de caso de hanseníase em redes de convívio domiciliar em municípios das regiões Norte e Nordeste do Brasil’, defendida por Reagan Nzundu Boigny junto ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Universidade Federal do Ceará (UFC), em 2018. O estudo contou com apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)/Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) (Processo n404505/2012-0, MCTI/CNPq/MS-SCTIE-Decit nº 40/2012 – Pesquisas em Doenças Negligenciadas); e do Netherlands Hanseniasis Relief do Brasil (NHR Brasil), por meio de projeto de caracterização dos padrões de distribuição espacial e temporal dos casos de hanseníase com foco na vulnerabilidade associada à recorrência nos familiares e na detecção precoce de novos casos (Parecer n2.365.953; CAAE n 72571517.4.0000.5054). Alberto Novaes Ramos Júnior é bolsista de Produtividade do CNPq/MCTIC. Reagan Nzundu Boigny foi bolsista de Mestrado do CNPq/MCTIC.

Fallas operacionales en el control de la lepra en redes de convivencia domiciliar con sobreposición de casos en zonas endémicas de Brasil

Resumo

Objetivo. Analisar a vulnerabilidade institucional/programática de serviços de saúde no desenvolvimento das ações de atenção a pessoas acometidas pela hanseníase e de vigilância de contatos. Métodos. Estudo transversal, conduzido em 2017, sobre dados primários de amostra de casos de hanseníase notificados no período 2001-2014, com sobreposição de casos em redes de convívio domiciliar (RCD), em municípios dos estados da Bahia, Piauí e Rondônia, Brasil. Resultados. Dos 233 casos de hanseníase analisados, 154 (66,1%) pertenciam a RCD com 3 ou mais casos de hanseníase. Em 53,2% dos casos, houve acometimento de duas ou mais gerações, um desfecho significativamente associado a não realização do exame dermato-neurológico (razão de prevalências [RP] 1,32; intervalo de confiança [IC95%1,10;1,59]; p-valor=0,004). Conclusão. Falhas operacionais na vigilância de contatos de hanseníase em áreas de alta endemicidade reforçam o caráter de vulnerabilidade institucional/programática em contextos de RCD com mais de um caso de hanseníase, nos três estados analisados.

Hanseníase; Epidemiologia; Busca de Comunicante; Vigilância; Estudos Transversais

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