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Epidemiologia da raiva humana no estado do Ceará, 1970 a 2019* * Artigo derivado de pesquisa de doutorado intitulada ‘Dinâmica de transmissão do vírus da raiva, a eficácia operacional das ações de vigilância no estado do Ceará, 1970-2019, e o conhecimento da população sobre a doença’, da discente Naylê Francelino Holanda Duarte, defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, em 2020.

Epidemiología de la rabia humana en el estado de Ceará, Brasil, 1970 a 2019

Resumo

Objetivo

Descrever os casos de raiva humana no estado do Ceará, Brasil, no período 1970-2019.

Métodos

Estudo descritivo, sobre dados secundários da Secretaria da Saúde e do hospital de referência do Ceará.

Resultados

Dos 171 casos, 75,7% ocorreram em homens, 60,0% nas idades até 19 anos e 56,0% em áreas urbanas. O cão foi agente transmissor em 74,0% dos casos; sagui em, 16,7%; e morcego, em 7,3%. Entre 1970 e 1978, houve crescimento do número de casos (pelo Joinpoint Regression Program, percentual da mudança anual [APC] = 13,7 - IC95% 4,6;41,5); e entre 1978 e 2019, redução (APC = -6,7 - IC95% -8,8;-5,9). Houve redução da transmissão por cães (71 casos; último caso em 2010) e aumento relativo por mamíferos silvestres (5 casos a partir de 2005).

Conclusão

O estudo evidencia mudança na dinâmica da transmissão da raiva no período observado, com redução da transmissão por cão e incremento de casos por animais silvestres.

Palavras-chave:
Zoonoses; Raiva; Monitoramento Epidemiológico; Saúde Pública; Epidemiologia Descritiva

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