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O MATO & O ASFALTO: CAMPOS DA ANTROPOLOGIA NO BRASIL* * O que se segue é um ensaio sobre a antropologia brasileira contemporânea, escrito para leitores estrangeiros, tentando apontar alguns aspectos gerais, em dois campos de atuação que considero fortes na definição de nosso trabalho: me socorro assim, amplamente, de resenhas e de avaliações feitas por colegas sobre temas ou questões a respeito dos quais não posso me estender aqui, textos aos quais remeto os leitores para mais informações bibliográficas. Não pretendo, é claro, que essa visão geral esteja mais isenta de vieses do que qualquer daquelas resenhas e avaliações. Para uma análise histórica sobre as instituições nas quais ela se instalou e os agentes que promoveram a institucionalização da disciplina, ver Corrêa (1995). Lá também analiso brevemente a importância que os estudos rurais tiveram na antropologia, em meados dos anos 1960. Com a crescente urbanização do país, as pesquisas com grupos rurais também foram saindo da cena antropológica - e das ciências sociais de modo geral. Nos três volumes da série O que ler na ciência social brasileira (1970 - 1995), organizados por Sergio Miceli (1999b), nenhum artigo é dedicado a essa temática. Essa série é também uma excelente fonte de referência sobre temáticas das quais não posso tratar aqui. Para uma visão diferente da minha sobre a antropologia no Brasil - e para outras tantas referências - ver Peirano (1999).

Resumo:

O artigo é um breve apanhado sobre o campo da antropologia no Brasil. Feito originalmente para leitores estrangeiros, pareceu-me melhor deixá-lo como estava a atualizá-lo, na expectativa de que possa ser útil para jovens iniciantes nesse campo, já que o texto refere algumas instituições importantes para a sua formação nos últimos anos - como os programas de pós-graduação e a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), e seus temas de pesquisa. Propõe-se aqui também que não apenas a interdisciplinaridade, bastante praticada hoje, mas também relações transversais ao próprio campo da antropologia são desejáveis - isto é, que os antropólogos "urbanos" levem em conta o que dizem os etnólogos, que estes dialoguem com os estudos de gênero etc.

De todo modo, a bibliografia incluída ainda é, e continuará a sê-lo por um bom tempo, leitura necessária para pesquisadores que se interessem pela história da antropologia.

Palavras-chave:
História da antropologia; Raça; Gênero; Etnologia; Diálogos disciplinares e interdisciplinares

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