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LULA CARDOSO AYRES: MODERNISTA EM PERNAMBUCO, FOLCLÓRICO EM SÃO PAULO* * A pesquisa que embasou este artigo foi financiada pela Fapesp entre 2009-2014 e Capes/PDEE entre 2011 e 2012.

LULA CARDOSO AYRES: A MODERNIST IN PERNAMBUCO, A FOLK ARTIST IN SÃO PAULO

Resumo

A circulação de intelectuais e artistas pelo território nacional não se dá de maneira simples e livre de disputas políticas e simbólicas. Essas tensões tornam-se evidentes nas trajetórias de pernambucanos integrantes do modernismo e nas expectativas de reconhecimento desses artistas por seus pares paulistas e cariocas. A trajetória de Lula Cardoso Ayres é emblemática. Como herdeiro do açúcar, teve condições de formar-se pintor frequentando as melhores instituições e artistas renomados. Em Paris, seguiu percurso formativo comparável ao de outros expoentes do modernismo brasileiro. Sua carreira, porém, é marcada por um constante embate entre suas pretensões de reconhecimento nacional e a resistência do campo que, com frequência, o classificava de "regional" ou "folclórico". Ao se confrontar a obra pictórica com comentários críticos publicados na imprensa, textos de Gilberto Freyre e cartas trocadas entre Ayres e Pietro Maria Bardi, esse embate se explicita.

Palavras-chave
Modernismo; Lula Cardoso Ayres; regionalismo; arte e poder; arte brasileira

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