resumo
Propõe-se que Divórcio, de Ricardo Lísias, ao expor didaticamente todo o ferramental da chamada autoficção, funciona como manual para apreender o gênero e pensar sua especificidade: a ver, o jogo entre a indefinição do estatuto ficcional e a dimensão ética de uma recepção orientada pela performance autoral dentro e fora do texto. A partir daí, pode-se pensar o papel dessa incerteza estatutária e do jogo performático com o leitor na defesa, pelo romance, de uma autonomia absoluta do fazer literário.
Palavras-chave:
autoficção; estatuto ficcional; performance; leitor; ética; Ricardo Lísias