Resumo
O objetivo deste artigo é dar visibilidade aos diversos modos de representação do corpo envelhecido na obra da escritora Lygia Fagundes Telles, comparando tais imagens com outras apresentadas por Clarice Lispector e Maria Valéria Rezende. Seguindo os rastros deixados por Elódia Xavier em Que corpo é esse?, buscamos traçar uma espécie de tipologia do próprio corpo envelhecido, a fim de demonstrar a diversidade de suas representações na literatura de autoria feminina. Neste texto, propomos investigar o corpo envelhecido da seguinte forma: i) o corpo envelhecido como degradação; ii) o corpo envelhecido silenciado; iii) o corpo envelhecido redimido. Tais escritoras apontam, assim, o quão difícil se torna o envelhecimento em uma sociedade que confina o idoso a situações degradantes tanto em âmbito familiar quanto público.
Palavras-chave:
corpo envelhecido; Lygia Fagundes Telles; literatura de autoria feminina; literatura comparada