Resumo
Este artigo buscará pensar de que maneira a literatura brasileira aparece na corrida para fazer parte de uma literatura-mundo. A partir da imposição mesma de uma economia pensada numa relação de mundo presente no vocábulo globalização, a proposição de Goethe de uma literatura mundial passa a ser o ponto de partida para o estudo dessa inserção. Observou-se que reservar um lugar periférico dentro do pecúlio comum do mundo às literaturas da América Latina não é suficiente para incluí-la no discurso do “mundial” e muito menos para efetivar o que Spivak chama de “uma competição limpa”. Ainda mais especificamente, interessa pensar o caso do Brasil dentro da América Latina, sua posição ainda mais periférica em relação à inserção na literatura-mundo, e que tem, no entanto, outras ressonâncias a partir dos estudos de Franco Moretti e das novas publicações de Machado de Assis nos Estados Unidos, que deram visibilidade à crítica brasileira que aborda essas questões.
Palavras-chave:
literatura mundial; literatura brasileira; América Latina