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A arte da alusão e os mitos escondidos em Assim falou Zaratustra*

Resumo

o artigo pretende analisar alguns aspectos de Assim falou Zaratustra, rastreando as possíveis fontes que ecoam no livro. Os exemplos citados não devem, porém, suscitar a impressão de que o texto seja compreensível ou decifrável apenas por meio das referências às fontes ou por meio de um extratexto. Com efeito, o texto é sempre independente, autônomo, e compreensível para todo leitor atento e rigoroso. Todavia, aquilo que Montinari definia como a “difícil arte de ler Nietzsche”, isto é, a leitura mediante o emaranhado de conexões internas e de referências literárias (portanto, a leitura por meio de um comentário), não fornece apenas “uma olhada na oficina do escritor”: a riqueza das alusões literárias, filosóficas ou musicais de um texto encontra seu sentido também no eco que desperta no leitor, na medida em que advertem para as intenções secretas do autor, intercepta as conexões entre âmbitos distantes entre os dois e, de fato, permite que ele seja “tocado” pelo texto.

Palavras-chave
Zaratustra; alusão; fontes; Ditirambos; Dionísio

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