Acessibilidade / Reportar erro

Friedrich Nietzsche e a crítica dos paradigmas culturais nas preleções da Basileia* * Tradução Eduardo Nasser. Revisão Vinícius de Andrade.

Resumo

Quando pensamos na Grécia, o “lugar dos sonhos” (Wunsch-Ort) dos alemães, e especialmente na relação de Nietzsche com a Grécia, muitas coisas podem com razão chamar nossa atenção. Grécia pode ser interpretada de diferentes maneiras na obra de Nietzsche. Mas todos podemos talvez concordar que, para Nietzsche, o mundo grego é uma ferramenta de valor crítico insuperável. Eles são testemunhas da diferença que os separa de nós. Eles são uma alternativa cultural inalcançável (unerreichbare) e inalcançada (unerreichte), para a qual é permitido orientar-nos, mas da qual, frequentemente e mais facilmente, podemos nos separar. Nietzsche serve-se do mundo grego a fim de aprofundar a crise da cega confiança etnocêntrica do homem moderno. Como historiador e filólogo, Nietzsche usa a literatura grega para lutar contra o absolutismo científico (há apenas um mundo, apenas uma ciência, uma única ratio, a minha) do mundo moderno. Sua crítica almeja falsificar as categorias científicas modernas, prosseguindo com um estudo genealógico que deve “transvalorar” as bases da cultura ocidental moderna.

Palavras-chave
literatura; oralidade; escrita; filologia

Grupo de Estudos Nietzsche Rodovia Porto Seguro - Eunápolis/BA BR367 km10, 45810-000 Porto Seguro - Bahia - Brasil, Tel.: (55 73) 3616 - 3380 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: cadernosnietzsche@ufsb.edu.br