Resumo
Este artigo demonstra a recepção do pensamento de Friedrich Nietzsche pela poesia de Augusto dos Anjos (1884 - 1914), poeta brasileiro que, em vida, publica sua única obra intitulada Eu (1912). A tragicidade com que o poeta opera, ironicamente, as máscaras que veste e despe ao longo de sua obra (que organicamente funciona como grande peça trágica); a força apolínea com que desenha as imagens que carregam uma musicalidade tão dilaceratória e incandescente (e , por isso , dionisíaca) são estratégias essenciais da poesia angelina que, certamente dialogam com a filosofia poética de Nietzsche.
Palavras-Chave:
Augusto dos Anjos; Friedrich Nietzsche; recepção; trágico moderno,; poesia Moderna; poesia Brasileira