Resumo
Lida sem atenção, a avaliação do Poema de Parmênides por Nietzsche corre o risco de frustrar, mais do que estimular, os leitores não-iniciados em Filosofia. Pois, nela o filósofo não só ignora a pesquisa sua contemporânea sobre o Eleata, como insere o seu pensamento numa polêmica antiracionalista, recheada de equívocos e intuições infundadas. É nosso objetivo aqui tentar restituir credibilidade a esta avaliação, apontando as linhas que orientam o diálogo do crítico com o seu objeto tanto para o senso-comum, como para o seu próprio pensamento.
Palavras-chave:
Parmênides; Ontologia; antinaturalismo; “o ser”