OBJETIVOS:
Identificar e sistematizar os principais estudos sobre a transição da alimentação enteral para alimentação oral em prematuros.
ESTRATÉGIA DE PESQUISA:
Foram localizados artigos que descrevem a transição da alimentação enteral para oral em prematuros, nas bases MEDLINE, LILACS e SciELO.
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO:
Foram incluídos estudos originais, com resumo disponível, publicados nos últimos dez anos.
ANÁLISE DOS DADOS:
Foi realizada análise da metodologia e dos principais resultados dos estudos, além de metanálise dos efeitos da estimulação sensório motora oral no tempo de transição para alimentação oral plena e no tempo de permanência hospitalar.
RESULTADOS:
Foram consideradas 29 publicações, nacionais e internacionais. A maioria dos estudos foi composta por ensaios clínicos (44,8%) e não utilizou escalas de avaliação para iniciar o processo de transição (82,7%). Na metanálise, observou-se que o efeito das estimulações do sistema sensório motor oral é positivo em relação ao tempo de transição para a dieta oral plena (p=0,000), mas não em relação ao tempo de permanência hospitalar (p=0,09). No entanto, foi encontrada grande heterogeneidade entre estudos, tanto na análise do tempo de transição para alimentação oral plena (I2=93,98) quanto em relação ao tempo de permanência hospitalar (I2=82,30).
CONCLUSÕES:
A transição para alimentação oral é um momento importante e várias características físicas e clínicas dos prematuros têm sido utilizadas para descrever esse processo. Apesar da impossibilidade de generalização dos resultados devido à heterogeneidade dos estudos, observou-se a importância de estratégias de estimulação do sistema sensório motor oral para a diminuição do período de transição até a alimentação oral plena.
Recém-nascido; Prematuro; Comportamento Alimentar; Revisão; Metanálise
