OBJETIVO:
Investigar a presença de sintomas auditivos e não auditivos em profissionais que atuam em ambulâncias.
MÉTODOS:
Estudo transversal descritivo com amostra de conveniência. Participaram 36 profissionais que atuam em unidades de suporte móveis, incluindo motoristas e técnicos de enfermagem de dois serviços particulares de urgência e emergência na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Foi aplicado um questionário contendo 17 questões de múltipla escolha sobre a história de vida e ocupação, antecedente familiar de perda auditiva, uso de medicamentos, presença de sintomas auditivos e não auditivos, entre outras investigações. Os profissionais responderam o questionário individualmente, no seu ambiente de trabalho, e, na existência de dificuldade de compreensão das questões, a pesquisadora explicou o conteúdo da questão. Os dados foram analisados estatisticamente utilizando-se o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 16.0.
RESULTADOS:
Os sintomas auditivos mais relatados pelos profissionais foram zumbido, intolerância a sons intensos e plenitude auricular. Os sintomas não auditivos mais frequentes foram irritabilidade, dor de cabeça, dificuldade de conversar em ambiente ruidoso e alteração do sono. Foi observada diferença (p≤0,05) ao se analisar a relação entre autopercepção de motoristas e técnicos de enfermagem sobre acuidade auditiva, presença de zumbido, irritabilidade e dificuldade de comunicação.
CONCLUSÃO:
Sintomas auditivos e não auditivos são frequentes em trabalhadores de unidades de suporte móveis. Pôde-se observar associação entre sintomas e função desempenhada pelo trabalhador. Dessa forma, verifica-se a necessidade do desenvolvimento de ações preventivas voltadas à saúde geral, visando à preservação da saúde auditiva e qualidade de vida desses profissionais.
Descritores
Ruído; Efeitos do Ruído; Perda Auditiva; Zumbido; Poluição Sonora