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Prematuros: crescimento e sua relação com as habilidades orais

OBJETIVO:

Avaliar a influência da habilidade motora oral do prematuro sobre seu desempenho alimentar oral e crescimento, durante o período de internação neonatal.

MÉTODOS:

Foram avaliados 51 recém-nascidos (RNs) internados na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal de um hospital do Sul do Brasil, entre julho 2012 e março 2013. A avaliação da habilidade de alimentação oral, segundo Lau e Smith, foi realizada após prescrição para início da alimentação por via oral (VO). O desempenho alimentar oral foi avaliado por meio das variáveis dias de transição da sonda para VO plena e tempo de internação. O crescimento foi avaliado por peso, comprimento e perímetro cefálico (PC), utilizando as curvas de Fenton, no nascimento, liberação VO, VO plena e alta hospitalar.

RESULTADOS:

Ao nascer, 71% dos prematuros eram adequados para idade gestacional, a maioria era do sexo masculino (53%), tendo média de 33,6 (±1,5) semanas de idade gestacional. A idade gestacional nos momentos avaliados não influenciou na habilidade oral do pré-termo, não diferindo entre os níveis. O tempo de transição da sonda para VO plena e o período de internação hospitalar foram menores quanto maior o nível de habilidade oral. Ao nascer, houve uma tendência a baixo peso e baixa habilidade oral. Na liberação da VO, as crianças do nível IV apresentaram maior peso.

CONCLUSÃO:

O nível de habilidade oral do prematuro interferiu positivamente no tempo de transição alimentar da sonda para VO plena e permanência hospitalar. O crescimento, representado pelo ganho de peso, não sofreu influência do nível de habilidade oral.

Prematuro; Habilidade ; Alimentação; Crescimento


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