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Sinais e sintomas de desordem temporomandibular em mulheres e homens

RESUMO

Introdução:

Mulheres são mais susceptíveis às desordens temporomandibulares (DTM), contudo, estudos que tenham comparado os gêneros em amostras brasileiras são raros.

Objetivo:

Analisar a proporção de homens e mulheres, bem como a associação entre o gênero e as variáveis idade, duração do problema e sintomas de DTM em pacientes admitidos para tratamento em uma clínica universitária.

Métodos:

Foram coletados e analisados dados de entrevista e avaliação de mil protocolos de pacientes com diagnóstico de DTM, divididos em 2 grupos, masculino (n=177) e feminino (n=823). Foi realizada a análise exploratória a partir de tabelas de contingência e teste do χ2. Posteriormente, foi utilizado o modelo de regressão logística e calculadas as odds ratio brutas (OR) referentes às comparações avaliadas.

Resultados:

Na amostra prevaleceu o gênero feminino e as médias de idade e de duração da DTM foram semelhantes entre os grupos, predominando a faixa etária de adultos jovens (19 a 40 anos). Os valores de OR evidenciaram associação entre o gênero feminino e os sinais/sintomas dor na articulação temporomandibular (ATM), dor nos músculos faciais, pescoço e ombros, cefaleia, fadiga nos músculos mastigatórios, sintoma otológico e disfonia, tendo sido a chance das mulheres os apresentassem duas vezes maior do que os homens.

Conclusão:

Na amostra de pacientes brasileiros com DTM foi maior o número de mulheres e essas apresentaram maior prevalência de sintomas dolorosos, seguidos pelos otológicos e queixas de disfonia. A prevalência de ruído articular foi semelhante nos grupos estudados.

Descritores:
Transtornos da Articulação Temporomandibular; Sistema Estomatognático; Sinais e Sintomas; Diagnóstico; Mulheres; Homens.

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