Figura 1.
A) Compartimentos do Escudo Sul-riograndense; (B) Mapa geológico simplificado de Lavras do Sul (Porcher & Lopes 2000 Porcher C.A.. & Lopes R.C.. 2000. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB: Cachoeira do Sul (folha SH.22-Y-A), Porto Alegre, CPRM/DNPM (CD-ROOM).; CPRM 2007CPRM. 2007. Mapa Geológico do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Projeto Geologia do Brasil ao Milionésimo - Programa Geologia do Brasil, CPRM - Serviço Geológico do Brasil.; linha pontilhada fina para coordenadas UTM, datum SAD69).
Figura 2.
(A) Mapa geológico do complexo intrusivo Lavras do Sul (inclui dados de UFRGS 2003UFRGS. 2003. Mapa Geológico de Parte da Folha Arroio América - SH-22-Y-A-IV-1 (MI 2995/1). Trabalho de mapeamento, Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul., 2004UFRGS. 2004. Mapa Geológico de Parte da Folha Lavras do Sul - SH-22-Y-A-IV-3. Trabalho de mapeamento, Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul.; linha pontilhada fina para coordenadas UTM, datum Córrego Alegre). Lineamentos conforme Fig. 5; Bgp: fácies porfirítica do biotita granodiorito; "e": afloramentos com enclave microgranular máfico; e zonas de cisalhamento dúctil subverticais: Arroio América - ZCDAM e Cerro Branco - ZCDCB. Amostras datadas pelos métodos Ar-Ar (Gastal et al. 2005 Gastal M.C.., Teixeira W.., Lafon J.M.., Remus M.V.D.. 2005. Geocronologia 40Ar/40Ar, 207Pb/206Pb e 207Pb/238U do complexo intrusivo Lavras do Sul, RS. In: 3º Simpósio de Vulcanismo e Ambientes Associados. Cabo Frio, Resumo expandido, 6p.; Janikian et al., 2008Janikian L., Almeida R.P., Trindade R.I.F., Fragoso Cesar A.R.S., D'Agrella fl.M.S., Dantas E.L., Tohver E. 2008. The continental record of Ediacaran volcano-sedimentary succession in southern Brazil and their global implications. Terra Nova, 20:259-266.), U-Pb (Remus et al. 2000Remus M.V.D., Hartmann L.A., McNaugton N.J., Groves D.I., Reischl J.L. 2000. Distal magmatic-hydrothermal origin for the Camaquã Cu(Au-Ag) and Santa Maria Pb, Zn (Cu-Ag) deposits, southern Brazil. Gondwana Research, 3(2):155-174.; Liz et al. 2009Liz J.D., Lima E.F., Nardi L.V.S., Sommer C.A., Saldanha D.L., Pierosan R. 2009. Petrologia e sucessão estratigráfica das rochas monzoníticas da associação shoshonítica de Lavras do Sul (RS). Revista Brasileira de Geociências, 39:244-255.) e Pb-Pb (Gastal et al. 2006Gastal M.C., Lafon J.M., Ferreira F.J.F., Magro F.U.S., Remus M.V.D., Sommer C.A. 2006. Reinterpretação do Complexo Intrusivo Lavras do Sul - RS, de acordo com os sistemas vulcano-plutônicos de subsidência Parte I: Geologia, geofísica e geocronologia (207Pb/206Pb e 206Pb/238U). Revista Brasileira de Geociências, 36:109-124.). B-F - Estereogramas (Rede de Schimdt, hemisfério inferior) para polo dos planos de foliação ou acamamento (contornos segundo distribuição de Fisher para K = 100, produzidos no OpenStereo 1.2, de Grohmann & Campanha 2010 Grohmann C.H.. & Campanha G.A.C.., 2010. OpenStereo: open source, cross-platform software for structural geology analysis. Presented at the AGU 2010 Fall Meeting, San Francisco, CA.): (B) Embasamento norte (contorno para foliação milonítica em todas); (C e D) Embasamento sul (Sx - xistosidade); (E) Formação Maricá, setores norte e sul; e (F) Formação Hilário (pontos do nordeste em separado) e cobertura sedimentar (Formação Santa Fé e Grupo Santa Bárbara).
Figura 3.
A) Mapa simplificado realçando as unidades do centro vulcano-plutônico (contatos e coordenadas seguem Fig. 2A, e lineamentos Figs. 6 e 10). Ocorrências históricas de metais no granito (círculo) e na sequência vulcânica (triangulo), distribuídas nos distritos aurífero de Lavras do Sul - DALS (Kaul & Rheinheimer 1974Kaul P.F.T. & Rheinheimer D. 1974. Projeto Ouro no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Porto Alegre, DNPM/CPRM, v.1, 372 p.) e cuprífero do Seival - DCS (Reischl 1978); (B) Diagramas de rosetas para direção de diques nas formações Hilário e Maricá (Hi-MA), no monzonito Tapera e monzodiorito Arroio do Jacques (MT-MAJ) e no granito Lavras (GL).
Figura 4.
Diagrama FeO* (= FeOt/(FeOt+MgO) vs. SiO2 para o granito Lavras, exibindo a classificação dos granitos em ferrosos e magnesianos segundo Frost et al. (2001)Frost B.R., Barnes C.G., CollinsW.J., Arculus R.J., Ellis D.J., Frost C.D. 2001. A geochemical classification for granitic rocks. Journal of Petrology, 42:2033-2048..
Figura 5.
Modelo digital de elevação (MDE-SRTM; coordenadas seguem Fig. 1B), exibindo alinhamentos (linha amarela fina) e lineamentos tectônicos regionais (linha preta grossa contínua, e tracejada para subordinado). Relevo sombreado com filtros de iluminação direcional: (A) NE-SW (Az 0°); e (B) NW-SE (Az 60°). Zonas de falha (Ribeiro et al. 1966 Ribeiro M.., Bocchi P.R.., Figueiredo Filho P.M.., Tessari R.I.. 1966. Geologia da quadrícula de Caçapava do Sul, RS. Boletim do Departamento Nacional da Produção Mineral, Divisão de Geologia e Mineralogia, v. 127, 232 p.; Ribeiro 1978Ribeiro M.J. 1978. Mapa previsional do cobre no Escudo Sul-riograndense. Nota Explicativa. Departamento da Produção Mineral, Brasília. Série Geologia, v. 3, 104 p.): 1 - Tapera Emiliano; 2 - Lichiguana; 3 - Passo dos Enforcados; 4 - Cerro Alegre; 5 - Angélica (ou dos Lopes); 6 - Rincão dos Mouras; 7 - Segredo; 8 - Cerro dos Cabritos; 9 - Passo das Carretas (UFRGS 2003UFRGS. 2003. Mapa Geológico de Parte da Folha Arroio América - SH-22-Y-A-IV-1 (MI 2995/1). Trabalho de mapeamento, Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul.); 10 - Palma-Jacques (neste trabalho) e 11 - Suspiro-Linhares. Histograma circular para alinhamentos (intervalos de 50 e 30 km): (C) Regionais; e (D) Lavras do Sul.
Figura 6.
Mapas magnéticos de Lavras do Sul (CPRM 2010CPRM. 2010. Projeto Aerogeofísico Escudo do Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro, Programa Geologia do Brasil (PGB), Relatório Técnico da Lasa Prospecções Ltda, CPRM - Serviço Geológico do Brasil, 260p.), como na Fig. 1B: (A) Campo magnético anômalo reduzido ao polo; (B-D) - Mapas calculados com base nos dados em A, aos quais foram aplicados filtros de realce: (B) Amplitude do sinal analítico continuado 500 m; (C) Gradiente horizontal total continuado 1.000 m; e (D) Primeira derivada vertical continuado 500 m.
Figura 7.
(A) Composição colorida 432 (RGB, VNIR-SWIR) da imagem ASTER, exibindo afloramentos considerados na análise cinemática (coordenadas e contatos seguem Fig. 2A, e lineamentos Fig. 6), incluindo dados de Roldão (2000)Roldão D.G. 2000. Análise integrada de dados estruturais e geofísicos no controle de depósitos minerais na região oeste do Escudo Sul-riograndense. MS Dissertation, Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 133p. - pts. 1, 11 e 29. (B-J) Diedros P-T (cinza para campo de extensão e quadrado para os eixos principais de strain) e estereogramas (Rede de Schimdt, hemisfério inferior) das tangentes de lineação (seta posicionada sobre o polo, indicando o sentido de deslocamento do muro relativo ao teto) para falhas consideradas e, em alguns, são exibidos o contorno dos polos de falhas e fraturas (densidade máxima conforme Fig. 2) e polos de S0 (quadrado cinza claro): (B) Granito Jaguari; (C) Formação Maricá, setor sul; (D) Embasamento sudeste; e Formação Hilário: (E-G) Setor centro-sul; (H-I) Setor centro-norte e stock de QMP, respectivamente; e (J) Setor norte. Seta branca, em D e E, para falha compatível com mais de uma população.
Figura 8.
Fotografias de estruturas frágeis regionais (pontos na Fig. 7A, atitude cf. regra da mão esquerda): (A- C) Plano de falha WNW-ESE com superposição de estrias, em lápili-tufo (pt. 15-oeste). Estrias com caimento moderado e sentido direito (B), encurvadas e sobrepostas pelas subverticais com sentido normal (C); (D) Planos estriados N10-35°E/NW com alto caimento, em lápili-tufo (pt. 16-sudeste; largura da foto = 0,6 m); (E) Plano discreto de falha normal NW-SE de baixo ângulo, secionando veios finos de quartzo N25°W/SW, em ignimbrito (pt. 18); (F) Zona de cataclase estreita (15 - 20 cm), com microfraturas abundantes, em quartzo monzonito porfirítico (QMP; pt. 23-norte); (G) Plano estriado em falha normal no sul do QMP (pt. 24-norte); e (H) Plano de falha normal NE-SW, em tufo (pt. 30-norte).
Figura 9.
Estereogramas exibindo o contorno e os eixos P (contração) para as populações de falhas consideradas (Rede de Schmidt, hemisfério inferior; contornos e pontos seguem Fig. 7), e a direção dos componentes de máximo e mínimo stress. Losangos coloridos para falhas consistentes com a solução, cinza para as não consistentes e branco para aquelas que satisfazem mais de uma solução. São mostradas as falhas não consideradas nas soluções no embasamento e Formação Maricá (A) (DAB-TAC, pts. 34-35 e 32), na cobertura sedimentara leste (C) (CC, pts. 24 e 27), no monzonito (D) (MT, pt. 33), e no setor sul da Formação Hilário (H) (Hi, pts. 7-9).
Figura 10.
Mapas magnéticos do granito Lavras (Amarillo 2007), calculados com base nos dados do campo magnético anômalo reduzido ao polo (coordenadas e contatos seguem Fig. 2A: (A) Campo magnético anômalo continuado 200 m; (B e C) Gradiente horizontal total continuado 200 e 500 m, respectivamente. São mostrados diques (A) e ocorrências de metais (B), conforme Fig. 3A; afloramentos com enclaves microgranulares (C) (Fig. 2A); anomalias magnéticas (A) (Fig. 6B). Lineamentos como na Fig. 6, acrescidos daqueles detalhados nestes mapas (linha tracejada-pontilhada).
Figura 11.
(A) Mapa magnético da primeira derivada vertical continuado para o granito Lavras, obtido como na Fig. 10 (coordenadas, lineamentos e contatos como nesta figura), exibindo afloramentos considerados. Populações de falhas discriminadas em estereogramas das tangentes de lineação e dos eixos P (como nas Figs. 7 e 9). (B e C) Granitos magnesianos: B - Monzogranito (Hbmz - cores escuras) e sienogranito intermediário (Hbsg - cores claras) e C - Biotita granodiorito, fácies seriada e porfirítica (Bgs e Bgp - cores escuras e claras); e (D e E) Granitos ferrosos (tangentes e eixos P juntos): D - Sienogranito da borda e feldspato alcalino granito (Bhsg e Fag), incluindo o contorno dos polos de falhas e cataclase (n = 64; máxima densidade 7,3%). (E) Feldspato alcalino granito (Fag) na cava Boa Vista (pt 1-oeste), que é alongada segundo E-W, como mostra fotografia a esquerda (junho/2012).
Figura 12.
Fotografias de estruturas rúpteis no granito Lavras (pontos e siglas na Fig. 11A; atitude cf. regra da mão esquerda): (A) Plano de falha estriado WNW-ESE sinistral, coberto com hematita (pt. 6-norte, Hbmz); (B) Plano de falha estriado NE-SW dextral (pt. 7-sudeste, Bgp); (C) Jog transtensivo dextral, em veio de quartzo NE-SW (pt. 8-leste, Bgp); (D) Splay dextral NNW-SSE, em sistema denso de fraturas (pt. 14-oeste, Bhsg); (E) Zona de intensa cataclase NNE-SSW, interrompida por plano estriado NW-SE sinistral (bancada sul, cava Boa Vista; Fag); e (F) Interação parcial entre segmentos de dique máfico en échelon (10 - 15 cm de espessura; pt. 1-oeste; Fag).
Figura 13.
Granito Lavras: (A-C) Gravimetria (Cunha et al. 2008 Cunha J.U.., Ferreira F.J.F.., Gastal M.C.., Magro F.H.S.. 2008. Modelo gravimétrico 3D do pluton granítico principal, Complexo Intrusivo Lavras do Sul - RS. In: 4º Simpósio de Vulcanismo e Ambientes Associados. Foz do Iguaçu, Resumos Extendidos (CD-Room), 5p.). Mapas das anomalias Bouguer (A) e residuais (B). Em A, estações de medida e valores médios de densidade (em 10-3 kg/m³) (contatos, lineamentos e coordenadas seguem Figs. 2A e 10); (C) Mapa das profundidades do assoalho, obtidas por inversão gravimétrica 3D (isóbatas a 0,20 km; contraste de densidade de -105,7 kg/m³). Números romanos para as principais raízes; (D-F) Anisotropia de suscetibilidade magnética (ASM) (Raposo & Gastal 2009Raposo M.I.B. & Gastal M.C. 2009. Emplacement setting of the granite pluton of the Lavras do Sul Intrusive Complex (Rio Grande do Sul State), south Brazil: Determined by magnetic anisotropies. Tectonophysics, 466:18-31.). (D) Mapa simplificado exibindo foliação e lineação magnética. Números para mergulho da foliação e seta branca para lineação subvertical; e as quatro raízes como em C; (E) Diagrama do parâmetro de forma do elipsoide ASM - T versus o valor médio da suscetibilidade magnética - Km; e (F) Estereogramas (Rede de Schmidt, hemisfério inferior) para contorno dos polos da foliação (densidade máxima conforme Fig. 2, para K = 60) e símbolos para lineação, nos granitos magnesianos e ferrosos.
Figura 14.
Mapas gamaespectrométricos do granito Lavras (Amarillo 2007): (A) e Th (ppm) e (B) K (%). Prospectos de Au-Cu-Pb (Ag) em A (Fig. 3A), e afloramentos da fácies porfirítica do granodiorito em B (Bgp). Contatos, lineamentos e coordenadas seguem Figs. 2A e 10.
Figura 15.
Cartoons ilustrando estágios na construção do centro vulcano-plutônico durante a mudança no deslocamento da Z. F. Palma-Jacques, de dextral (A e B) para sinistral (C e D). São indicados os componentes de máximo e mínimo stress, a atividade magmática e estruturas rúpteis em mapa esquemático (linhas contínuas para falhas ativas - preta e pré-existentes ou inexpressivas - cinza; feições seguem Figs. 2A, 6, 9 e 11), e na coluna vertical de magma (˜ N-S, sem escala): (A) Estabelecimento da coluna vertical de magma traquibasáltico; (B) Remobilização de mushes cristalinos na câmara epizonal, seguida por episódios de subsidência de caldeiras em superfície e em profundidade; (C) Restabelecimento do equilíbrio litostático com o ascenso de magmas a partir de níveis mais profundos, ocasionando a ressurgência central; e (D) Ressurgência via intrusões anulares graníticas induzidas por magma máfico-ultramáfico lamprofírico no nível epizonal.